segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

- Lola…
- Hm…
- O que você faria se eu morresse?
- Não deixaria que morresse.
- Sim, mas… Se tivesse uma doença grave?
- Acharia a cura.
- E se estivesse em coma e tivesse só um dia de vida?
- Eu o jogaria no mar: terapia de choque.
- E se morresse assim mesmo?
- O que você quer ouvir?
- Vamos, diga.
- Jogaria suas cinzas em Rügen.
- E depois?
- Sei lá. Pergunta idiota.
- Sei o que faria. Você me esqueceria.
- Nunca.
- Mas é claro. Não conseguiria viver.
- Ficaria de luto algumas semanas. Não é ruim. Todos ficariam com pena, chocados. Tudo tão triste e todos com dó de você. Poderia mostrar como é forte. “Que grande mulher!”, diriam. “Ela aguenta a barra, em vez de chorar o dia todo.” E, de repente, aparece um cara legal de olhos verdes. Ele é super sensível, ele a ouve e a conforta. E você diz como é duro pra você… Ter de se cuidar e não saber o que será de você. E blá, blá, blá. E aí, você pula no colo dele e me corta da lista. Assim será.
- Manni…
- Sim.
- …Mas você ainda não morreu.

Filme: Corra Lola, corra.

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